Janeiro Branco - Dermatologia e saúde mental

DERMATOLOGIA E SAÚDE MENTAL

Você sabia? A nossa pele é um reflexo do que se passa no nosso interior. Ela não apenas reflete a saúde física de alguém, mas também responde ao seu estado emocional. Estresse, ansiedade, depressão, tem conexão direta com a saúde da nossa pele e podem desencadear ou agravar problemas dermatológicos, como acne, psoríase, dermatite atópica, queda de cabelo, entre outros problemas. Isso acontece por que o estresse libera hormônios, como o cortisol, que aumentam a inflamação e afetam a barreira natural da nossa pele. Por este motivo, é fato que a dermatologia pode desempenhar um papel muito importante no cuidado da saúde mental, oferecendo tratamentos e soluções que não apenas aliviam os sintomas físicos, como também podem ajudar na qualidade de vida e bem-estar emocional.

AUTOESTIMA

A autoestima está diretamente relacionada à saúde mental, reduzindo o risco de transtornos como ansiedade e depressão, e favorecendo a prática do autocuidado. Além disso, uma boa autoestima estimula a motivação, o senso de realização e a satisfação pessoal, impactando positivamente a qualidade de vida e a visão de futuro.

3 DICAS

Gerenciamento do estresse: Também conhecida como Inteligência Emocional. Técnicas como meditação, ioga e exercícios físicos ajudam a reduzir os níveis de cortisol.

Rotina de cuidados com a pele: Uma rotina simples e eficaz não só melhora a aparência, mas também traz sensação de controle, bem-estar e promove a autoestima.

Boa noite de sono: O sono é essencial para a regeneração celular e equilíbrio emocional, afetando também a aparência da pele e a saúde como um todo.

Apoio profissional: Não deixe de consultar um psicólogo, pois são eles os profissionais especializados em reconhecer os problemas que afetam nossa saúde mental.

COMO FUNCIONA O ESTRESSE?

O estresse é um mecanismo de defesa do nosso corpo. Uma reação pré-histórica que ainda tem a sua função de sobrevivência nos tempos modernos. O estresse nada mais é do que um estado de alerta que leva à liberação de hormônios como cortisol e adrenalina, cruciais para nos preparar para situações de luta ou fuga.

O cortisol, também conhecido como hormônio do estresse, aumenta os níveis de glicose no sangue para fornecer energia rápida para o corpo, mas o seu excesso prejudica funções cognitivas como memória e concentração, além de afetar o humor. Enquanto isso, a adrenalina é responsável por acelerar os batimentos cardíacos, aumentando a pressão arterial e redirecionando o fluxo sanguíneo para os músculos. Essa combinação de reações nos permite reagir rapidamente em resposta à situações de perigo.

No cérebro, o estresse crônico pode impactar o hipocampo, que é responsável pela memória e pelo aprendizado, e enfraquecer sua capacidade de regular as emoções. Além disso, a amígdala, parte do cérebro envolvida no processamento de medo e respostas emocionais, torna-se mais ativa, aumentando a sensação de alerta e ansiedade. Esse ciclo pode levar a problemas como dificuldade para dormir, irritabilidade e até transtornos psicológicos, como depressão e transtorno de ansiedade.

DEPRESSÃO E ANSIEDADE

São transtornos mentais complexos que envolvem desequilíbrios químicos no cérebro, especialmente relacionados a neurotransmissores como serotonina e dopamina. Na depressão, a redução dessas substâncias provoca sintomas como tristeza persistente, falta de energia e alterações no sono, enquanto a ansiedade é marcada por hiperatividade da amígdala, gerando respostas de "luta ou fuga" exageradas, acompanhadas de medo constante, taquicardia e pensamentos ruminativos.

Ambos os transtornos compartilham o aumento do cortisol, hormônio ligado ao estresse, que pode prejudicar áreas do cérebro responsáveis pela memória e regulação emocional.

Apesar de desafiadores, são altamente tratáveis com terapia, medicação, mudanças no estilo de vida e apoio social, oferecendo esperança de recuperação para quem busca ajuda profissional.