Câncer de Pele: A.B.C.D.E Você sabe o que é?
- Dra. Patrícia Fagundes
- Oct 17, 2024
- 4 min read
O que é o câncer de pele?
Na Clínica Dra. Patrícia Fagundes, a saúde dos nossos pacientes é a nossa prioridade. Portanto, consideramos de extrema importância compartilhar nossos conhecimentos médicos para que estejam sempre bem-informados. Por isso, antes de entrarmos no A.B.C.D.E é importante entendermos o que é o câncer de pele. É importante salientar que este é o tipo mais comum de câncer no Brasil e ocorre quando há crescimento anormal e descontrolado das células da pele. Existem três principais tipos: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o melanoma, sendo este último o mais agressivo. A exposição excessiva ao sol sem proteção é uma das principais causas, afinal, vivemos num país tropical e somos muitos expostos ao sol, além de fatores genéticos, é claro.
Carcinoma Basocelular
É o tipo mais comum de câncer de pele, representando cerca de 80% dos casos. Geralmente se desenvolve nas áreas da pele que estão mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço e braços.
Carcinoma Espinocelular
Representa cerca de 15% dos casos de câncer de pele e é mais agressivo que o carcinoma basocelular. Geralmente aparece em áreas expostas ao sol, mas também pode se desenvolver em cicatrizes e feridas crônicas.
Melanoma
É o tipo mais grave e agressivo de câncer de pele. Embora seja menos comum, pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, até mesmo em áreas não expostas ao sol.
Quais são os sintomas do câncer de pele?
Os sintomas do câncer de pele podem variar, mas geralmente incluem mudanças na aparência de pintas, manchas ou lesões na pele. Alguns sinais de alerta são o surgimento de manchas que coçam, sangram ou não cicatrizam, além de feridas que crescem rapidamente. Pintas que mudam de cor, forma ou tamanho devem ser observadas e acompanhadas com atenção.

A.B.C.D.E
O método A.B.C.D.E é uma técnica utilizada para ajudar a identificar sinais precoces de câncer de pele. As letras representam:
A: Assimetria (metade da pinta ou mancha é diferente da outra)
B: Bordas irregulares (as bordas são irregulares, entalhadas ou borradas)
C: Cor (variações de cor, como tons de preto, marrom, vermelho ou branco)
D: Diâmetro (lesões maiores que 6 mm)
E: Evolução (qualquer alteração no tamanho, forma ou cor ao longo do tempo)
Vale lembrar que o A.B.C.D.E não substitui a avaliação do médico dermatologista!
Como o dermatologista identifica o câncer de pele?
O dermatologista identifica o câncer de pele por meio de uma combinação de avaliação clínica, exames físicos e, em alguns casos, procedimentos diagnósticos.
1. Exame Clínico
Avaliação visual da pele do paciente, procurando por lesões, manchas ou pintas suspeitas. O dermatologista usa uma ferramenta chamada dermatoscópio, que amplia a imagem e permite visualizar detalhes das lesões, como bordas e cores, que não são visíveis a olho nu.
2. Histórico do Paciente
Durante a consulta, o paciente é questionado sobre o histórico pessoal e familiar de câncer de pele, hábitos de exposição solar, uso de câmaras de bronzeamento e qualquer alteração recente na pele, como surgimento de novas pintas, machucados que não cicatrizam ou mudanças em lesões antigas.
3. Biópsia de Pele
Se é identificada uma lesão suspeita, é recomendada a biópsia de pele. Nesse procedimento cirúrgico, uma pequena amostra da lesão é retirada e enviada para análise laboratorial. A biópsia é a única maneira definitiva de confirmar o diagnóstico de câncer de pele.
Não esqueça o filtro solar!
Vivemos numa época privilegiada em relação aos avanços científicos e o filtro solar é um deles! O uso do filtro solar é essencial para proteger a pele dos danos causados pela radiação ultravioleta (UV) do sol. Ele atua como uma barreira contra os raios UVA e UVB, que podem provocar queimaduras, envelhecimento precoce e, a longo prazo, aumentar o risco de desenvolver câncer de pele. Além disso, o filtro solar ajuda a prevenir manchas, rugas e perda de elasticidade, mantendo a pele saudável e protegida diariamente, mesmo em dias nublados. Incorporar o uso do protetor solar na rotina é uma das medidas mais eficazes para preservar a saúde e a aparência da pele.
Pele negra pode desenvolver câncer de pele?
Sim, a pele negra também pode desenvolver câncer de pele, embora seja menos comum do que em pessoas com pele clara. A melanina, o pigmento que dá cor à pele, oferece uma proteção natural contra os raios ultravioleta (UV), mas essa proteção não é absoluta. Em pessoas de pele negra, o câncer de pele costuma ser diagnosticado em estágios mais avançados, muitas vezes porque os sinais podem ser menos perceptíveis ou porque há menos conscientização sobre o risco. É fundamental que pessoas de todas as tonalidades de pele adotem medidas preventivas, como o uso de filtro solar, e fiquem atentas a qualquer mudança na pele, especialmente em áreas menos expostas ao sol, como mãos, pés e unhas. Consultar regularmente um dermatologista é essencial para a detecção precoce e tratamento eficaz.
"Um estudo apresentado este mês no XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica revelou que as pessoas de pele negra podem desenvolver com maior intensidade a forma mais grave do câncer da pele, o melanoma acral ou das extremidades. Esse tipo de câncer atinge braços e pernas e é o menos frequente entre os melanomas (de 2% a 8% dos casos de câncer de pele), no entanto, é o mais comum entre as pessoas de pele negra." (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. 15 de junho de 2009).
Confira o artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologista: Pessoas de pele negra têm a forma mais grave do câncer de pele com maior intensidade, diz estudo.

Cuide-se!
A nossa saúde é o nosso bem mais valioso! A pele, nosso maior órgão, precisa de atenção constante, muito cuidado e carinho, especialmente em relação à prevenção do câncer de pele. O brasileiro é um povo tropical. Praias, piscinas, sol e calor fazem parte da realidade do país. Como diz a música: "Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza!"
A identificação precoce de lesões suspeitas aumenta significativamente as chances de um tratamento eficaz e menos invasivo. Consultar regularmente um dermatologista e adotar hábitos saudáveis são passos fundamentais para manter a pele e o corpo protegidos.
Cuidar da saúde é essencial para garantir uma vida longa e com qualidade.
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